A China, onde o novo vírus surgiu em dezembro, viveu semanas de semiparalisia após a propagação do surto em janeiro, o que levou ao encerramento de fábricas e a restrições no movimento de pessoas para conter a expansão da epidemia de Wuhan, na província de Hubei, para o resto do país.
O resultado dessas medidas foi uma queda de 2% na produção da China, principalmente em componentes destinadas à elaboração de automóveis, telemóveis e equipamentos médicos, entre outros, segundo estimativas do organismo.
O país é responsável por 20% da produção e comércio global de produtos intermédios, o que faz dele um ator indispensável na cadeia mundial de produção, afirmou a diretora de Comércio Internacional da UNCTAD, Pamela Coke-Hamilton.
Entre os mais prejudicados com a perda de exportações está a União Europeia (UE), onde se calcula que a redução tenha sido de 15.000 milhões de dólares no mês passado, e as indústrias mais afetadas foram a de maquinaria, o setor automóvel, a de química e de instrumentos de precisão.
O Japão e os Estados Unidos perderam em vendas no exterior cerca de 5.200 milhões e 5.800 milhões de dólares, respetivamente.
Após o que parece ter sido o pico da epidemia de coronavírus na China e uma diminuição nos últimos dias, o setor industrial está a regressar progressivamente à normalidade e muitas fábricas começam a produzir de novo.
A China contabilizou hoje mais 38 mortos devido ao surto do Covid-19, fixando o número total de vítimas mortais em 2.981, ao mesmo tempo que detetou 119 novos casos de infeção.
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