Desde o início da pandemia, Portugal contabilizou 4.724 mortes associadas à COVID-19 e 307.618 casos de infeção, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) hoje divulgado.

Em relação a quarta-feira, registaram-se mais 79 óbitos, 3.772 infetados e 5.572 recuperados. Ao todo há já 229.018 casos de recuperação assinalados em território nacional.

COVID-19 em Portugal: Lista de casos por concelho
COVID-19 em Portugal: Lista de casos por concelho
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O Norte, com 2.244 novos casos, concentra 59% do total de novos diagnósticos em território nacional.

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 2.255 óbitos (+37 do que ontem), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (1.671 +25), Centro (607 +17) e Alentejo (121 =). Pelo menos 51 (=) mortes foram registadas no Algarve. Há 17 (=) mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira registam-se dois óbitos (=) associados à doença.

Em todo o território nacional, há 3.330 doentes internados, menos oito que ontem, e 525 em unidades de cuidados intensivos (UCI), o mesmo número do que na quarta-feira.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 73.876 casos ativos da infeção em Portugal – menos 1.879 que ontem - e 77.988 pessoas em vigilância pelas autoridades – menos 827.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS Imagem do boletim da DGS

A região Norte é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 161.886 (+2.244), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (100.960 +960), da região Centro (30.870 +444), do Alentejo (6.426 +54) e do Algarve (5.456 +31). Na Madeira existem 924 (+4) casos confirmados e nos Açores 1.096 (+35).

Faixas etárias mais atingidas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 3.162 (+52) mortes registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (969 +17), entre 60 e 69 anos (396 +7), entre 50 e 59 anos (138 +1) e 40 e 49 anos (45 =).

Os dados indicam ainda que, do total das vítimas mortais, 2.462 (+42) são do sexo masculino e 2.262 (+37) do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 51.613 (+625) casos, seguida da faixa etária entre os 20 e os 29 anos, com 48.602 (+508), e da faixa etária dos 30 e os 39 anos, com 46.962 (+514).

Desde o início da pandemia, houve 135.675 (+1.633) homens infetados e 166.707 (+2.106) mulheres, sendo que se desconhece o género de 5.236 (+33) casos.

Quadro resumo dos dados epidemiológicos de hoje
Quadro resumo dos dados epidemiológicos de hoje Quadro resumo dos dados epidemiológicos de hoje créditos: SAPO

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Pico da epidemia em Portugal a 25 de novembro

A epidemia de COVID-19 atingiu o pico da sua incidência em Portugal no dia 25 de novembro, verificando-se já uma tendência de descida, disse hoje o investigador André Peralta Santos, da Direção-Geral de saúde. “Atingiu-se a incidência máxima cumulativa por via de notificação no dia 25 [de novembro] e há já uma tendência de descida que esperemos que seja consolidada nos próximos dias”, afirmou o investigador na reunião do Infarmed, onde peritos fazem um balanço das medidas tomadas para combater a covid-19 e analisam a evolução da doença no país.

Desde a última reunião no Infarmed, há duas semanas, houve um agravamento da situação na semana de 22 de novembro, mas depois na semana de 29 já se observou “um desagravamento da incidência em vários municípios, nomeadamente na região Norte onde apesar de ter incidências ainda muito elevadas há já um decrescimento da incidência”, adiantou André Peralta dos Santos.

Na região da Área Metropolitana de Lisboa também já se observa “uma variação de incidência decrescente”, o que considerou serem “boas notícias”.

Desagregando por região, verifica-se que “a região Norte com incidências muito mais altas, tem já um padrão de descida claro, a região Centro e de Lisboa e Vale do Tejo começam já a esboçar uma tendência de descida”, enquanto há outras regiões ainda com uma tendência crescente, nomeadamente o Alentejo e a Região Autónoma dos Açores. Relativamente às idades, o investigador adiantou há uma tendência de decrescimento em todas as idades.

Desde 04 de agosto, as incidências começam a aumentar nas populações mais ativas, entre os 20 e os 40 anos, e à medida que se vai progredindo no tempo, as incidências começam a aumentar noutros grupos etários, disse, explicando que a “epidemia se espalha através dos grupos etários”.

Nesta área, André Peralta realçou “uma boa notícia” e “uma um pouco mais preocupante”. “A boa notícia é que o grupo de 60/70 e 70/80 está relativamente protegido em relação aos outros grupos etários, o grupo mais de 80 [anos] é um grupo que tem maior dependência, maior intensidade de contactos e, por isso, tem ainda uma incidência mais alta”.

Relativamente às hospitalizações, o médico e investigador adiantou que apesar de o país já ter “passado o pico das incidências, ainda não há um pico claro nos internamentos”, que disse esperar que “esteja para breve”. “Este ‘delay’ de atingirmos o pico em novos casos e das hospitalizações é esperado, faz parte da evolução natural da doença”, explicou.

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