Portugal regista esta terça-feira mais 15.068 casos de COVID-19 e 32 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.
Desde março de 2020, morreram 21.248 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 3.352.874 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.
De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 12.649 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 2.856.458 doentes recuperados da doença em Portugal.
A região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) é a área do país com mais novas notificações, num total de 38,9% dos diagnósticos.
O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 8.793 (+13), seguida do Norte com 6.496 óbitos (+4), Centro (3.786, +10) e Alentejo (1.186, =). Pelo menos 697 (+1) mortos foram registados no Algarve. Há 193 mortes (+2) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 97 (+2) óbitos associados à doença.
Internamentos descem
Em todo o território nacional, há 1.225 doentes internados, menos 25 face ao valor de ontem, e 78 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos três em relação ao dia anterior.
De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 475.168 casos ativos da infeção em Portugal — menos 2.387 do que ontem. A publicação da nova resolução do Conselho de Ministros e a atualização da Norma 015/2020 eliminam a vigilância de contactos pelas autoridades de saúde, pelo que esse valor deixou de ser referido no boletim diário.
A região do Norte é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 1.244.319 (+319), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (1.189.610 +5.854), da região Centro (510.691 +3.607), do Algarve (140.046 +875) e do Alentejo (123.622 +1.111). Nos Açores existem 61.197 casos contabilizados (+511) e na Madeira 83.389 (+773).
O que nos diz a matriz de risco?
Portugal apresenta uma incidência superior a 1.398,1 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes – inferior do que os 1.512,7 casos de sexta-feira - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 0,84, superior aos 0,78 desse dia. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.
No território continental, o R(t) fixou-se nos 0,83. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.
Faixas etárias mais afetadas
O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 13.773 (+20) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.597, +5), entre 60 e 69 anos (1.942, +4) entre 50 e 59 anos (632, +3), 40 e 49 anos (223, =) e entre 30 e 39 anos (56, =). Há ainda 19 mortes registadas entre os 20 e os 29 anos, três (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.
Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 11.178 são do sexo masculino e 10.070 do feminino.
A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 579.931 (+2.499), seguida da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 526.527 (+1.772), e da faixa etária dos 20 aos 29 anos com, 515.422 (+2.202). Logo depois, surge a faixa etária entre os 10 e os 19 anos, com 462.188 (+3.244) reportadas. A faixa etária entre os 50 e os 59 anos tem 398.114 (+1.780), entre os 0-9 anos soma 345.688 (+913) e a dos 60 e os 69 anos tem 244.960 (+1.176) infeções reportadas desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 70 aos 79 anos, que totaliza infeções 146.925 (+830) e dos 80 ou mais anos, com 133.119 (+652) casos.
Desde o início da pandemia, houve 1.557.322 homens infetados e 1.792.580 mulheres, sendo que se desconhece o género de 2.972 pessoas.
Vídeo - Invernos podem implicar passos atrás nas medidas de proteção, diz DGS
A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.
A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
OMS pede investimento internacional para preparar combate a próxima pandemia
O investimento na Coligação para a Inovação na Preparação para Epidemias (CEPI) vai preparar o mundo para uma próxima pandemia e reduzir desigualdades no combate a nível mundial, afirmou hoje o secretário-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS).
“A pandemia (COVID-19) ensinou-nos o incrível poder da vigilância, genómica, diagnóstico, vacinas e terapêuticas. Mas também expôs lacunas e fraquezas no ecossistema global. (…) Precisamos fortalecer os esforços para desenvolver, avaliar e distribuir vacinas, testes e tratamentos da forma mais rápida e equitativa possível quando um novo patógeno surgir”, afirmou hoje em Londres Tedros Ghebreyesus
O responsável falava durante a Cimeira Internacional de Preparação para Pandemias, que pretende mobilizar a comunidade internacional para financiar a CEPI com 3.500 milhões de dólares (3.000 milhões de euros) na missão de reduzir para 100 dias o tempo de desenvolvimento de novas vacinas nos próximos cinco anos, incluindo de combate a novas variantes de COVID-19.
Segundo Ghebreyesus, a pandemia covid-19 mostrou como “a ciência pode ampliar as desigualdades em vez de reduzi-las”, referindo o facto de 83% da população africana ainda não ter recebido uma única dose de vacina contra a COVID-19.
“A igualdade não pode ser deixada para as forças do mercado ou boa vontade ou correntes geopolíticas que mudam. (…) Perante uma ameaça global, nenhuma organização ou agência de um único país pode agir sozinha”, vincou.
A Cimeira a decorrer em Londres reúne líderes de Governo, representantes da indústria, filantropos, académicos e ativistas da sociedade civil para debater formas de cumprir nos próximos cinco anos a missão de desenvolver vacinas em 100 dias, lançada pelo Reino Unido durante a presidência do G7 em junho de 2021 e apoiada pelos líderes do G7 e G20.
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