“Todos sabem qual foi o parecer da Direção-Geral da Saúde [em relação ao regresso das competições de futebol], quais foram as nossas orientações e as orientações do Governo em geral e são no sentido de evitar aglomerados de pessoas e manter a distância física, manter a distância máxima em relação ao contágio. O não cumprimento tem a ver com os próprios que se expõem a eles e a outros”, disse Graça Freitas.
Um dia depois do regresso da I liga, que esteve suspensa quase três meses devido à covid-19, e depois de na quarta-feira se terem registado ajuntamentos de adeptos junto aos estádios, nomeadamente junto ao Municipal de Vila Nova de Famalicão onde o FC Porto se deslocou para jogar a 25.ª jornada da I Liga, Graça Freitas repetiu apelos sobre “responsabilidade”.
“O apelo que faço é à responsabilização das pessoas para não se exporem ao risco. Quanto às questões da fiscalização do cumprimento do que está na legislação em vigor não competem ao Ministério da Saúde, nem à DGS, isto no futebol e em outros aglomerados que vão para além do que está previsto na lei”, referiu a diretora-geral que falava na conferência de imprensa diária de balanço sobre a pandemia de covid-19 em Portugal.
Na quarta-feira, após quase três meses de paragem devido à covid-19, a I Liga portuguesa de futebol regressou para disputar as dez jornadas em falta até ao final do campeonato.
O primeiro jogo desta retoma de competição, a contar para a 25.ª jornada da I Liga, foi o Portimonense – Gil Vicente (1-0 para os algarvios), enquanto o FC Porto deslocou-se ao terreno do Famalicão, onde perdeu por 2-1.
Para hoje estão marcados mais três jogos, com o Marítimo a receber, na Madeira, o Vitória de Setúbal (18:00), o estádio da Luz, em Lisboa, a ser palco do Benfica-Tondela (19:15) e o Vitória de Guimarães a ser anfitrião do Sporting no D. Afonso Henriques (21:15).
A I Liga foi reatada, tendo sido anunciadas fortes restrições e sem público nos estádios.
Além do principal escalão, também a final da Taça de Portugal, entre Benfica e FC Porto, integra o plano de desconfinamento face à pandemia de covid-19, ainda em data e local a designar.
Portugal regista hoje 1.455 mortes relacionadas com a covid-19, mais oito do que na quarta-feira, e 33.592 infetados, mais 331, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 385 mil mortos e infetou mais de 6,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 2,8 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou a ser o que tem mais casos confirmados (mais de três milhões, contra mais de 2,2 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (mais de 172, contra mais de 181 mil).
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.
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