Dos 178 surtos, mais de metade continua a situar-se na zona de Lisboa e Vale do Tejo (92), seguindo-se o norte do país, com registo de 45 surtos.
No centro há 11 surtos e 15 no Alentejo e outros 15 no Algarve, segundo dados divulgados hoje pelo subdiretor-geral da Saúde, Rui Portugal, durante a conferência de imprensa de balanço sobre a pandemia de covid-19.
No entanto, as autoridades estão agora especialmente atentas ao sul do país: “Todos querem socializar e todos têm risco e é isso que está a acontecer no Algarve”, alertou Rui Portugal.
“Os surtos têm, neste momento, uma base sobretudo de cariz familiar”, afirmou Rui Portugal, explicando que são os encontros de pessoas que não vivem juntas que estão a potenciar os novos casos.
“Apesar de serem da mesma família e terem os mesmos apelidos, têm de perceber que se estiverem em núcleos diferentes podem ocorrer contágios de uns para outros núcleos da mesma família”, alertou, pedindo a todos que continuem a manter as regras de distanciamento físico.
Rui Portugal lembrou ainda que o perigo não se circunscreve aos grupos de jovens: “Nesta fase, muita atenção ao risco que ocorre a ajuntamento de caráter mais social, para todas a gerações”.
As questões laborais deixaram de “preocupar da mesma forma que preocupavam”, sendo agora substituídas pelos reencontros em tempos de férias.
No entanto, para a DGS, “o surto mais relevante” continua a ser o ocorrido esta semana no Lar de Nossa Senhora da Luz, em Torres Vedras, onde há 48 residentes e 24 funcionários infetados.
Portugal regista hoje mais três mortos e 290 novos casos de infeção por covid-19 em relação a quinta-feira, segundo o boletim diário da Direção-Geral de Saúde (DGS).
De acordo com o relatório da DGS sobre a situação epidemiológica, desde o início da pandemia até hoje registaram-se 52.351 casos de infeção confirmados e 1.746 mortes, das quais três na região de Lisboa nas últimas 24 horas.
A região de Lisboa e Vale do Tejo totaliza hoje 26.928 casos de covid-19, mais 208 do que na quinta-feira.
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