“Para a doença covid-19 não há nenhuma evidência científica que sejam eficazes [as desinfeções] e portanto não é uma medida que se recomende”, afirmou Graças Freitas na conferência de imprensa diária no Ministério da Saúde, em Lisboa.

Para a diretora-geral da saúde, “não é prioritário ter trabalhadores a desinfetar ruas”, para combater o contágio pelo novo coronavírus, como acontece em algumas autarquias, porque não há qualquer certeza que tenha influência.

“O que vai travar a covid-19 é estarmos distantes uns dos outros”, frisou Graça Freitas.

Várias autarquias de norte a sul do país iniciaram há vários dias trabalhos de lavagem e desinfeção preventiva nas vias e nos espaços públicos dos respetivos concelhos, numa tentativa de minimizar os riscos de contágio da covid-19.

Em Portugal, há 43 mortes, mais 10 do que na segunda-feira, e 2.995 infeções confirmadas, segundo o balanço feito pela Direção-Geral da Saúde, que regista 633 novos casos em relação a terça-feira.

O boletim epidemiológico diário da DGS indica que estão confirmadas 20 mortes na região Norte, 10 na região Centro, 12 na região de Lisboa e Vale do Tejo e uma no Algarve.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.

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