Esta posição foi transmitida por António Costa, em conferência de imprensa, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, depois de ter participado em mais uma cimeira europeia que se realizou por meios digitais e que incluiu ao início desta noite uma conversa de cerca de uma hora com o novo Presidente norte-americano, Joe Biden.
Esta conversa com Joe Biden foi aberta com uma breve intervenção do primeiro-ministro de Portugal, país que preside até junho ao Conselho da União Europeia.
Perante os jornalistas, António Costa destacou a questão da cooperação à escala mundial no combate à pandemia da covid-19.
“Desse ponto de vista o encontro com o Presidente Biden foi muito construtivo. Quer a União Europeia, através da minha intervenção, quer os Estados Unidos, através do Presidente Biden, foram muito claros em defesa da cooperação no aumento da produção de vacinas e do apoio à Covax para fazer chegar as vacinas a todos os seres humanos na terra. Só estaremos salvos quando todos estivermos salvos”, declarou o líder do executivo português.
De acordo com o primeiro-ministro, o encontro com o chefe de Estado norte-americano, apesar de não ter sido presencial, “foi um momento importante do ponto de vista simbólico, já que houve uma reafirmação mútua sobre a prioridade às relações transatlânticas, quer para a Europa, quer para os Estados Unidos”.
“Por outro lado, verificou-se um alinhamento estratégico muito grande em relação às prioridades, em primeiro lugar no sentido de haver um esforço conjunto no combate à covid-19, designadamente para assegurar o pleno funcionamento das cadeias de valor de produção de vacinas”, declarou António Costa.
Ainda segundo o primeiro-ministro, registou-se também uma convergência sobre a necessidade de existir um reforço do multilateralismo “como forma de defender a resposta global a questões também elas globais”.
“Teremos um combate comum contra as alterações climáticas. Pela parte europeia, saudámos vivamente o regresso dos Estados Unidos ao Acordo de Paris”, observou, antes de fazer uma alusão à questão da recuperação económica.
“Importa assegurar a manutenção das regras de mercado aberto e justo, de forma a termos um espaço atlântico competitivo e que contribua para a prosperidade partilhada entre todos. Há a consciência que a Europa e os Estados Unidos têm de possuir um compromisso comum, não apenas nas dimensões de segurança e defesa, mas também na defesa e promoção dos valores democráticos que partilhamos”, acrescentou.
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