A imunidade de grupo acontece geralmente através da vacinação e acontece quando a maior parte da população está imunizada para uma doença, impedindo a sua transmissão continuada.
Numa sessão virtual de perguntas e respostas, Soumya Swaminathan afirmou que os testes serológicos feitos em alguns países atingidos pela pandemia da COVID-19 mostram que apenas 05 a 10% das pessoas têm anticorpos, embora em algumas nações o número atinja 20%.
“À medida que vagas desta doença atingem países, as pessoas vão desenvolver anticorpos e esperamos que tenham imunidade durante algum tempo para servirem como barreiras e travões à infeção”, afirmou.
Soumya Swaminathan indicou que 50 a 60% da população terá que ter anticorpos para se atingir imunidade de grupo, mas outros especialistas indicam que esse número terá que ser ainda maior, entre 70 e 80%.
A cientista chefe da OMS afirmou que é mais seguro atingir imunidade de grupo com uma vacina, em vez de deixar a doença espalhar-se pela população, como chegaram a sugerir países como o Reino Unido, argumentando que esse caminho implica várias ondas de infeção com mortalidade elevada.
Em Portugal, morreram 1.705 pessoas das 49.379 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A pandemia de COVID-19 já provocou mais de 627 mil mortos e infetou mais de 15,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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