“Temos 400 colaboradores da China continental em instalações da instituição, em casas de familiares ou amigos para não terem de atravessar a fronteira e, assim, diminuir o risco de serem infetados com o vírus”, explicou Paulo Pun.

O secretário-geral da Cáritas Macau afirmou que a instituição está “centrada em manter os serviços principais, de apoio aos mais vulneráveis, pessoas com deficiência, os que precisam de cuidados continuados e de idosos que vivem sozinhos, muitos com problemas de mobilidade e a habitar em prédios que não têm elevador”.

Outra das preocupações da Cáritas Macau passa por assegurar a proteção do pessoal e dos cuidadores, tendo adotado regras apertadas que vão desde a redução do tempo passado fora da instituição, na rua, até ao uso de máscaras, luvas e uso de desinfetantes.

Paulo Pun destacou ainda os donativos que a instituição tem recebido, seja em géneros alimentícios, dinheiro e máscaras, ações que “estão em sintonia com a filosofia da Cáritas, de ajudar o próximo, de trabalharmos em conjunto enquanto sociedade”, salientou o responsável.

A Cáritas Macau providencia serviços sociais que abrangem os mais idosos e deficientes, passando pelo apoio aos mais jovens e menores, até às vítimas de violência doméstica.

Com um orçamento anual na ordem dos 400 milhões de patacas (46,3 milhões de euros), a instituição conta com 1.300 colaboradores. Destes, 90 são enfermeiros, 200 são assistentes sociais, sete são médicos e 20 têm funções como fisioterapeutas, terapeutas da fala e ocupacionais.

Dos utentes, cerca de 800 são idosos que se encontram em lares e 500 pessoas portadores de deficiências, sendo proporcionado cuidados ao domicílio a mais de 200 pessoas.

Outros 600 idosos que vivem sozinhos, com alguma autonomia, são apoiados pela instituição, com um serviço de refeições ao domicílio a 500 pessoas na Taipa, em Coloane e na zona norte da cidade de Macau.