Os atos de violência da noite de domingo ocorreram em cidades como Enschede e Groningen, resultando em cerca de trinta detenções, de acordo com a televisão holandesa NOS.
As cidades holandesas afetadas por distúrbios nos últimos dias declararam um “estado de emergência” municipal, que permite à polícia agir e impor restrições para deter grupos de jovens convocados pelas redes sociais para provocarem tumultos, lançar fogo de artifício, incendiar carros, bicicletas e motos, e atirar pedras e objetos contra os agentes de segurança.
“Um terço dos agitadores detidos nos últimos dias são menores. Os seus pais são, em última análise, os responsáveis (…). Um agente local pode explicar que não se trata de uma brincadeira, mas de situações de risco de vida. Não sabemos se uma pessoa de máscara de esqui tem 12 ou 42 anos”, alertou o chefe da polícia, Max Daniel.
Daniel lembrou que, durante os tumultos que ocorreram entre a noite de sexta-feira e sábado em Roterdão, a polícia teve de disparar “dezenas de tiros” de advertência.
“Não querem que o vosso filho esteja por perto, pois não? A vida dele estará em perigo”, disse ainda o chefe da polícia.
Adeptos de futebol também participaram nos distúrbios e pelo menos 24 pessoas foram detidas no domingo nas proximidades do estádio De Kuip, em Roterdão, depois de lançarem artefactos pirotécnicos contra a polícia.
A agitação começou na sexta-feira, na cidade portuária de Roterdão, na qual quatro manifestantes foram feridos por disparos da polícia e 51 pessoas foram detidas.
Vários polícias ficaram feridos em confrontos em Haia, no sábado à noite, quando manifestantes atiraram pedras, queimaram bicicletas e lançaram fogo de artifício. Durante o dia de domingo, já estavam detidas em todo o país 100 pessoas, nomeadamente por insultarem as forças de segurança, e pelo menos 12 pessoas ficaram feridas durante os protestos dos últimos dias.
Os Países Baixos reintroduziram o confinamento parcial na semana passada para tentar travar a propagação do novo coronavírus, o que levou à interdição de acesso a determinados locais, incluindo bares e restaurantes, a pessoas não vacinadas contra a covid-19.
A covid-19 provocou pelo menos 5.144.573 mortes em todo o mundo, entre mais de 256,54 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
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