O país asiático registou hoje um crescimento de 82 casos, depois de ter duplicado o número por vários dias. Na quarta-feira passada, registava apenas 23 contágios.
"O número de casos subiu para 103 em Sindh", disse à agência espanhola Efe Meeran Yousuf, porta-voz do ministério daquela província no sul do Paquistão, na fronteira com o Irão.
O responsável indicou que desse total, 76 casos foram detetados em pessoas que regressaram do Irão nas últimas semanas e passaram 14 dias em quarentena em Taftan, na província do Baluchistão, e depois viajaram para Sindh, onde foram diagnosticadas com Covid-19.
Apesar do crescimento de casos, o Governo apelou à calma.
"O Governo está plenamente consciente da gravidade do problema e vão ser tomadas todas as medidas possíveis. Não tenham medo do coronavírus, lutem juntos", afirmou o primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, em comunicado.
Na passada sexta-feira, o executivo paquistanês ordenou o encerramento de instituições de ensino, celebrações em massa, limitou a chegada de voos internacionais a três aeroportos e fechou as fronteiras com o Irão e o Afeganistão.
O ministro da Saúde do Paquistão, Zafar Mirza, apelou também à calma, enquanto informava que os testes para a doença estão a ser realizados em 14 laboratórios do país e apenas a pessoas que tenham regressado de países muito afetados e apresentem sintomas.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou já cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.500 morreram.
Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
Em Portugal, 331 pessoas foram infetadas até hoje, mas sem registo de mortes, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde.
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