Numa nota de imprensa, a autarquia, liderada pelo antigo bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, defendeu que, face aos constrangimentos causados pelo uso do pavilhão 1 do Estádio Universitário como Centro de Vacinação para a covid-19 em Coimbra, o Governo deveria alterar a sua política e descentralizar o processo, que, no seu entender, deveria ser desenvolvido em centros de saúde.

A nota surge na sequência de uma notícia na imprensa local que dá conta de que cerca de 300 alunos da Escola Secundária Jaime Cortesão estavam impossibilitados de praticar educação física devido à utilização daquele pavilhão para a vacinação contra a covid-19.

"A Câmara Municipal desconhecia e lamenta profundamente [tal situação]", referiu a autarquia, salientando que essa questão não é da responsabilidade do município.

Segundo a autarquia, "o processo de vacinação poderia ser desenvolvido nos centros de saúde, com descentralização do processo e reforço de meios, mas o Ministério da Saúde recusou essa possibilidade, optando por manter a centralização de toda a logística".

Realçou que foi ainda sugerida a utilização do antigo Quartel-General, na rua Antero de Quental, mas que essa sugestão também não foi acolhida pela tutela.

"A Câmara Municipal colaborou ativamente na procura e implementação de alternativas para as secções desportivas da AAC [Associação Académica de Coimbra] que foram afetadas pela indisponibilidade do pavilhão 1, cedendo os ginásios de várias escolas", salientou, frisando que a problemática "específica dos alunos da Escola Jaime Cortesão" não pode ser imputada ao município.

Apesar disso, o município mostrou-se "disponível para a realização da mencionada reunião quadripartida para se encontrar uma rápida solução para a prática da disciplina de educação física por parte dos alunos da Escola Secundária Jaime Cortesão".

Na mesma nota, a Câmara de Coimbra frisou ainda que, "pelos desnecessários e enormes prejuízos humanos, sociais, económicos e de funcionamento das instituições que está a provocar", o Governo deveria alterar "urgentemente a política relativa à pandemia/endemia".