De acordo com os números divulgados pelo Ministério da Saúde brasileiro, foram registadas 221 mortes e 10.627 infeções no país sul-americano nas últimas 24 horas.

Embora o medo de um recrudescimento da doença tenha voltado a mobilizar pessoas e governos em todo o mundo devido à descoberta da nova variante Ómicron do vírus SARS-CoV-2, causador da covid-19, a pandemia está a perder força no Brasil desde junho e as médias diárias de mortes e infeções estão ao nível mais baixo em vários meses.

Enquanto o número médio de mortes na última semana ficou em 206 por dia até esta sexta-feira, o terceiro menor desde abril do ano passado, o de infeções caiu para 8.826 por dia, o segundo menor desde maio do ano passado.

As médias são relativamente baixas para um país que contou mais de 4.000 mortes em um dia (em 6 de abril) e 115.000 infecções (em 23 de junho).

Quanto às infeções pela variante Ómicron, o Ministério da Saúde brasileiro informou que até ao momento cinco casos foram confirmados e que outros sete casos suspeitos estão a ser investigados.

Até quinta-feira, eram oito casos suspeitos, mas as autoridades sanitárias do Rio de Janeiro esclareceram esta sexta-feira que o exame genético de amostras de uma mulher que testou positivo para covid-19 e que foi considerada suspeita por ter desembarcado no país num voos saído da África do Sul indicava que ela estava infetada com a estirpe Delta e não com a Ómicron.

Apesar de o Ministério da Saúde estar relutante em adotar restrições para prevenir um possível avanço das infeções pela nova variante da covid-19, esta sexta-feira um comité científico que assessora os nove governos regionais da região nordeste do Brasil recomendou o cancelamento das festas de Ano Novo e Carnaval para mitigar riscos.

Além disso, o Rio de Janeiro, uma das poucas capitais regionais do Brasil que não cancelou as suas festas de Réveillon ou Carnaval, começou a exigir o certificado de vacinação a quem vai a hotéis, restaurantes e bares, entre outros locais públicos, incluindo turistas estrangeiros.

De acordo com o Ministério da Saúde, até esta sexta-feira cerca de 159,5 milhões de brasileiros receberam a primeira dose de algumas das vacinas aplicadas no país, o que equivale a 74,9% dos 213 milhões de brasileiros, e outros 140,5 milhões, 65,9% da população, tinha o esquema vacinal completo.

A covid-19 provocou pelo menos 5.233.111 mortes em todo o mundo, entre mais de 263,61 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.