Falando junto de líderes de partidos do centro e membros do Governo, Bolsonaro anunciou que enviará o projeto de uma reforma administrativa na quinta-feira e também anunciou a extensão do auxílio emergencial por mais quatro meses.

“Agora resolvemos prorrogá-lo [o auxílio emergencial] por medida provisória até o final do ano. O valor definido agora há pouco é um pouco superior a 50% do Bolsa Família [programa social de transferência de renda] para 300 reais”, disse o Presidente brasileiro.

Em abril passado, o Governo brasileiro criou um programa para ajudar trabalhadores afetados pela pandemia que consistia no pagamento de três parcelas de 600 reais (cerca de 93 euros) até julho. O benefício foi estendido até setembro e agora prorrogado novamente, com um valor menor.

O anúncio da prorrogação do benefício social aconteceu no mesmo dia em o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o produto Interno Bruto (PIB) do país recuou 9,7% no segundo trimestre do ano.

O Presidente brasileiro e o ministro da Economia, Paulo Guedes foram questionados sobre o desempenho da economia do país, mas recusaram comentar o assunto.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de infetados e de mortos (mais de 3,9 milhões de casos e 121.381 óbitos), depois dos Estados Unidos.

A pandemia do coronavírus que provoca a COVID-19 já provocou pelo menos 851.071 mortos e infetou mais de 25,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.