"Neste momento já temos ideia dos locais mais prioritários. Está a ser analisado dia a dia, hora a hora", revelou hoje durante uma visita ao Centro de Rastreio em modelo "Drive Thru" instalado no Queimódromo, no Porto.
Aquele responsável não quis adiantar, contudo, em quais ou em quantas localidades podem vir a ser instalados os centros de rastreios, reiterando que é uma análise que está a ser feita dia a dia.
"Se o posto fosse instalado hoje era num sítio, se fosse amanhã seria noutro", afirmou, explicando que a razão para a instalação de um centro de rastreio "Drive Thru" no Porto se deve ao número de casos de infeção registados neste concelho “e à volta ", em concelhos como Matosinhos, Valongo, Maia, o que torna importante o aumento da capacidade instalada nos hospitais.
A Câmara do Porto, a ARS Norte e a Unilabs montou na segunda-feira um centro de rastreio da Covid-19, em modelo "Drive Thru" no Queimódromo, com o objetivo de aliviar o afluxo de potenciais suspeitos portadores aos hospitais.
Junto ao Parque da Cidade, estão instaladas duas tendas, onde se encontram os materiais necessários à realização destes testes por zaragatoa, tendo sido montado um circuito para os carros que se deslocam àquela unidade e cuja entrada é controlada por elementos da Polícia Municipal.
De acordo com o município, o centro de rastreio "permitirá a realização de cerca de 400 testes diários numa primeira fase, podendo evoluir para perto de 700 testes por dia".
Carlos Nunes sublinhou a equipa de técnicos da ARS Norte está a analisar e a monitorizar a evolução da epidemia, pelo que, de acordo com aquilo que for sendo observado no terreno, estes centros de rastreio serão implementados em outros locais "que sejam importantes de acordo com a situação epidemiológica".
O dirigente explicou ainda que os testes realizados no centro de rastreio do Porto tem de ser validados pelo Serviço Nacional de Saúde, devendo para isso os suspeitos, contactar a linha Saúde24, a quem cabe validar a situação.
"Não vamos avaliar a população em geral, que tem angústia, naturalmente, em saber se é positivo ou não é positivo. Estamos a fazer um filtro de acordo com as normas da direção geral de saúde", disse.
Questionado sobre quem vai pagar estes testes, Carlos Nunos explicou que o valor está ainda Acer negociados com a Unilabs e com outros parceiros, mas deixou claro que tal como acontecia até, a quem realizava os testes nos hospitais, as pessoas indicadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS) "não pagam nada".
Antes, em declarações aos jornalistas, Luis Menezes, CEO da Unilabs Portugal, avançava que havia "vários pedidos" para instalar este tipo de centros de rastreio em outras cidades, o que estava a ser coordenados com a ARS Norte e as autoridades de saúde, a quem indicar os locais onde é mais importante abrir.
"Nós temos capacidade para montar mais algumas unidades, poucas. Mas as que montarmos, vamos montar tendo em consideração aquilo que as autoridades de saúde nos disserem. Nós estamos neste momento à disposição das autoridades de saúde", afirmou, escusando-se a revelar se Ovar, onde o Estado de Calamidade foi decretado, é um dos locais para onde está pensada a instalado de um centro de rastreio da Covid-19.
O número de infetados pelo novo coronavírus subiu para 642, mais 194 do que os contabilizados na terça-feira, anunciou hoje a Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com o boletim sobre a situação epidemiológica de Covid-19 em Portugal, divulgado hoje às 12:00, desde 01 de janeiro foram registados 5.067 casos suspeitos.
Segundo a DGS, há 351 (eram 323) casos a aguardar resultado laboratorial e três casos recuperados.
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