Os controlos de fronteira na Alemanha foram colocados em meados de março, tanto no tráfego terrestre quanto aéreo e marítimo, e esperava-se que continuassem, pelo menos, até 15 de maio.

Esses controlos, implantados devido à pandemia de covid-19, afetavam a chegada de passageiros através das fronteiras com a Áustria, Suíça, França, Luxemburgo e Dinamarca, bem como aqueles vindos da Itália e da Espanha.

Segundo a agência de notícias AP, o ministro alemão disse que os controlos de fronteira com o Luxemburgo estarão em vigor somente até sexta-feira, sendo levantados sábado.

A Alemanha, assim como seus vizinhos franceses, austríacos e suíços, "têm o objetivo claro de voltar à livre circulação na Europa a partir de meados de junho", disse Horst Seehofer numa conferência de imprensa.

A decisão alemã surge no mesmo dia em que a Comissão Europeia propôs aos Estados-membros três critérios para a reabertura gradual das fronteiras internas da União Europeia no atual contexto da pandemia da covid-19, sublinhando que deve ser respeitado o princípio da não-discriminação.

As propostas com vista a restaurar, de forma segura, o espaço de livre circulação na Europa, encerrado há cerca de dois meses no quadro dos esforços para conter a propagação da pandemia, constam do pacote de recomendações para a gradual retoma dos transportes e do turismo na União Europeia, hoje adotado e apresentado pelo executivo comunitário, em Bruxelas.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 290 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.163 pessoas das 27.913 confirmadas como infetadas, e há 3.013 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.