Matshidiso Moeti falava durante a conferência semanal do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC) sobre a evolução da pandemia no continente, durante a qual manifestou-se satisfeita com alguns “sinais positivos” em matéria de vacinação.

A este propósito, referiu que, durante a última semana, foram entregues a 13 países africanos, através do mecanismo COVAX (que visa a aquisição e posterior distribuição de vacinas para os países mais pobres) 3,8 milhões de doses de vacinas, o que eleva para 82 milhões as doses entregues na região.

“Estas vacinas que foram recentemente entregues fazem parte de 60 milhões de doses atribuídas a 49 países africanos e que deverão ser enviadas até setembro.

Apesar destes números, Matshidiso Moeti sublinhou que África ainda precisa de mais de 700 milhões de doses para atingir a meta de 30% de cobertura até ao final do ano.

Moeti disse ainda que a COVAX firmou acordos coma a Sinopharm e Sinovac (China) para o fornecimento de 110 milhões de doses a países de baixo rendimento, dos quais 32,5 milhões estarão a chegar ao continente.

“A COVAX está confiante no cumprimento do seu objetivo de fornecer pelo menos 520 milhões de doses a África, até ao final de 2021”, referiu.

Moeti aconselhou ainda os países a mobilizar os recursos, incluindo financeiros, para as atividades relacionadas com a vacinação, como a logística ou o pessoal, de modo a atingir o maior número de pessoas possível, tendo em conta o esperado fluxo das vacinas.

E afirmou que a OMS destacou mais de 700 funcionários e consultores para apoiar as autoridades nacionais na resposta à covid-19.

África contabiliza 6.587.734 infetados com o novo coronavírus, registando 167.183 óbitos associados à covid-19.

O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito, em 14 de fevereiro de 2020, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.190.383 mortos em todo o mundo, entre mais de 195,8 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.Lusa/Fim