Donald Trump “expressou confiança na força e resiliência da China na luta contra a epidemia do novo coronavírus”. Os dois chefes de Estado “concordaram em manter ampla comunicação e cooperação entre os dois países “, de acordo com um comunicado da presidência norte-americana.

Segundo a agência noticiosa oficial chinesa Xinhua, o Presidente chinês, Xi Jinping, garantiu a Trump que o país é “totalmente capaz” de conter o surto.

O secretário-geral do Partido Comunista sublinhou que a China lançou “uma guerra popular” contra o surto, através da “mobilização nacional” e da aplicação “das mais rigorosas medidas de prevenção e controlo”.

Citado pela Xinhua, Xi Jinping pediu ainda aos Estados Unidos que “reagissem razoavelmente” à epidemia, que já infetou mais de 31 mil pessoas e fez 636 mortos.

A diplomacia chinesa criticou Washington esta semana por “criar e semear o pânico” em torno do novo coronavírus, que surgiu em dezembro passado, em Wuhan, no centro da China.

“O governo dos EUA foi o primeiro a retirar os funcionários do consulado em Wuhan, e a impor uma proibição nas entradas no país a viajantes oriundos da China”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Hua Chunying.

“Os EUA continuam a semear o pânico, o que é um péssimo exemplo”, sublinhou.

Washington proibiu a entrada no país de todos os estrangeiros não residentes oriundos da China e recomendou aos cidadãos que não viajem para o país asiático ou que deixem a China.

A China elevou hoje para 636 mortos e mais de 31 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), colocada sob quarentena.

Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há outros casos de infeção confirmados em mais de 20 países. Na Europa, o número de casos confirmados chegou quinta-feira a 31, com novas infeções detetadas no Reino Unido, Alemanha e Itália.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou em 30 de janeiro uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.