Pelo menos 105.000 pessoas de Berchtesgaden, na fronteira com a Áustria, só têm permissão para sair de casa por motivos essenciais nas próximas duas semanas. A taxa de infeção local, que pertence ao estado da Baviera, atingiu os 273 casos por 100.000 pessoas na semana passada, razão pela qual foi decretado um novo confinamento na região.

Escolas, restaurantes, bares, teatros, ginásios, cinemas e hotéis vão ficar fechados, mas os serviços religiosos serão permitidos. Todos os turistas foram convidados a abandonar a cidade.

Na sexta-feira passada, a chanceler alemã, Angela Merkel, apelou aos alemães para reduzirem os seus contactos físico para reduzir as taxas de transmissão. "Por favor, renuncie a qualquer jornada que não seja absolutamente essencial, toda a festa que não seja absolutamente essencial", disse. "Fique em casa, onde for possível", acrescentou.

A Alemanha registou ontem 6.868 novas infeções pelo novo coronavírus, um número bastante superior aos 4.122 casos contabilizados na terça-feira da semana passada pelas autoridades alemãs.

Segundo os dados atualizados do Instituto Robert Koch (RKI) de virologia, o número total de casos positivos desde o anúncio do primeiro contágio no país, no final de janeiro, é de 373.167, com 9.836 óbitos, mais 47 nas últimas 24 horas. Cerca de 298.300 pessoas já superaram a doença, colocando os casos ativos em torno de 65.000.

Nas unidades de cuidados intensivos estão atualmente 851 pacientes, dos quais 389 requerem ventilação assistida, disse o RKI no seu boletim diário divulgado na tarde de segunda-feira.

As 7.830 novas infeções registadas no sábado representaram um novo recorde pelo terceiro dia consecutivo desde o início da pandemia, após 7.334 na sexta-feira e 6.638 na quinta-feira.

O máximo anterior havia sido registado em 28 de março, com 6.294 novas infeções.

Os números então caíram, atingindo entre 300 e 350 em junho e, a partir do final de julho, aumentaram novamente. Em agosto, as 2.000 novas infeções diárias foram novamente ultrapassadas.

Os novos casos de contágio nos distritos alemães estão a aumentar, não apenas ultrapassando a marca crítica de 50 infeções por 100.000 habitantes em sete dias, mas nomeadamente ultrapassando cem infeções diárias em alguns lugares.

Entre os 20 distritos com uma incidência particularmente elevada estão os bairros de Berlim de Neukölln (156,6), Mitte (124,7) e Friedrichshain-Kreuzberg (118,1) e Tempelhof-Schöneberg (107,4).

Na Baviera, há cinco distritos com incidência de mais de cem novos casos, sendo o maior em Berchtesgaden (236), onde na segunda-feira já tinha sido decretada uma paralisação da vida pública semelhante à imposta durante a primeira onda da pandemia.

Na Baixa Saxónia, há quatro distritos com alta incidência - incluindo Delmenhorst, com 211,5 novas infeções por 100.000 habitantes numa semana – assim como na Renânia do Norte-Vestfália.

Também Frankfurt, no Estado federal de Hesse, está em situação crítica com 122 casos em 100.000 habitantes.

Na Alemanha como um todo, a incidência na segunda-feira era de 45,4 casos por 100.000 habitantes.

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