Uma equipa de investigadores australianos conduziu um estudo com o objetivo de analisar a caminhada e o equilíbrio dos indivíduos que consomem canábis de forma regular e chegaram à conclusão que os consumidores moviam o joelho com maior velocidade em comparação com os não consumidores. Não se detetaram, contudo, alterações no equilíbrio nem na velocidade da marcha.

O estudo contou com a participação de 44 voluntários divididos em dois grupos. Depois de uma bateria de exames - compostos por testes à marcha, ao equilíbrio e exames neurológicos - os cientistas detetaram diferenças súbtis na forma de andar entre os dois grupos - um era composto consumidores da referida droga, o outro não.

Os investigadores descobriram ainda que os consumidores tendem a mover menos os ombros e a mexer mais os cotovelos em relação ao grupo dos não consumidores.

"A principal mensagem retirada é que o uso de canábis pode resultar em mudanças subtis na forma de andar", comentou Verity Pearson-Dennett, autora do estudo, num comentário apenso à investigação.

BE quer legalizar consumo

O Bloco de Esquerda quer aproveitar a maioria no parlamento para conseguir legalizar a produção, distribuição e venda de canábis para fins terapêuticos e para consumo recreativo. Para isso, o partido liderado por Catarina Martins quer  apresentar dois projetos de lei que dêem continuidade à descriminalização da posse e consumo, que aconteceu em 2001, revelou a revista Sábado em junho. Apesar de ter aprovado no Congresso uma moção da Juventude Socialista que propunha o debate sobre a legalização das chamadas drogas leves, o PS não tem, para já, posição oficial.

Segundo o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, a canábis é a droga mais consumida em Portugal, principalmente entre os jovens.

Veja ainda: Os 10 efeitos benéficos (já comprovados) do consumo de canábis