Publicadas na sexta-feira no site oficial do Executivo, essas diretrizes também desaconselham, mas não proíbem, as reuniões em locais fechados nessas áreas do norte e do centro da Inglaterra, assim como no bairro londrino de Hounslow.
As autoridades locais denunciaram ter tomado conhecimento, de forma repentina, destas mudanças, sobre as quais nem elas, nem a população, foram informadas.
"Não fui informada, nem ninguém em Bolton, pelo que entendi", disse Yasmin Qureshi, deputada trabalhista por esta circunscrição perto de Manchester, uma das mais afetadas pela nova variante.
"Estou chocada. Fazem uma mudança de tamanha importância e nem mesmo têm a decência de nos dizer", acrescentou, acusando o Executivo de Boris Johnson de "incompetência".
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A prefeita de West Yorkshire, Tracy Brabin, pediu "esclarecimentos urgentes" do governo, dizendo que as recomendações podem "causar ansiedade e confusão" entre os residentes.
Já Dominic Harrison, diretor de saúde pública de Blackburn e Darwen, no noroeste do país, pediu para ver a avaliação de risco, na qual estas medidas se baseiam: "ainda não nos foi fornecida", denunciou no Twitter.
"O primeiro-ministro já disse que é preciso aumentar os cuidados, em certos aspectos, em relação à variante indiana", respondeu a ministra do Emprego e Pensões, Therese Coffey, entrevistada no Sky News, mostrando-se "surpreendia" com as reações.
O Executivo de Johnson foi duramente criticado em abril por ter demorado a impor restrições às viagens de e para a Índia, para onde o primeiro-ministro pretendia fazer uma importante visita diplomática. A viagem acabou por ser cancelada, devido à grave deterioração do quadro de saúde naquele país.
O país mais afetado da Europa, com quase 128.000 mortes por COVID-19, o Reino Unido viu sua situação de saúde melhorar notavelmente, após um longo confinamento no inverno e uma campanha de vacinação em massa.
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