A CIG, pela voz do vice-presidente, Carlos Duarte, participou na iniciativa "Café da Igualdade: a conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal", no Centro de Acolhimento ao Cidadão da Assembleia da República.

Numa 'intervenção relâmpago', Carlos Duarte assinalou que "há muito preconceito em relação ao homem cuidador" da família, defendendo um "trabalho fundamental de desconstrução de estereótipos".

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Momentos antes, na sessão de abertura, a vice-presidente da comissão parlamentar de Trabalho e Segurança Social, Wanda Guimarães, enfatizou que "os homens perdem e perdem muito" na partilha da educação dos filhos, sustentando que "as mulheres desenvolvem um conjunto de atividades e funções que muito poucos homens desenvolvem", como o cuidar dos filhos e dos pais, o trabalhar e o ser militante de um partido e sindicato.

Para a deputada do PS, "as mulheres são inimigas do quotidiano", mas é na "esfera do trabalho que se cristalizam muitas discriminações".

Horários de trabalho "têm de deixar de ter fronteiras"

Também numa curta intervenção, imposta pela organização do evento a cada um dos participantes, a coordenadora da Comissão de Igualdade da CGTP-In, Fátima Messias, sublinhou que o horário de trabalho "é uma das matérias que mais afronta e confronta a conciliação" entre a vida profissional e familiar.

Para a dirigente sindical, os horários de trabalho "têm de deixar de ter fronteiras: tem de haver tempo para o trabalho, a família e o lazer". A CGTP-In defende a "redução de horário" de trabalho "sem perda de salário".

A presidente da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego, Joana Gíria, apelou para "um entendimento" entre empregadores e empregados na conciliação entre trabalho e família, onde "nem sempre é fácil chegar a um consenso" quando se trata de horários laborais por turnos.

"Café da Igualdade: a conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal", uma iniciativa do parlamento, incluiu breves intervenções de deputados, representantes de organizações governamentais e não-governamentais e de defesa dos direitos das mulheres, patronato e sindicatos.

A sessão de encerramento é presidida pela ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques.