Desde o início da fase epidémica, foram registados 39.924 casos por exame clínico, 2.090 confirmados em laboratório e 5.757 casos suspeitos, segundo o boletim epidemiológico mais recente divulgado no fim de semana.

Embora, em geral, os sintomas do vírus Zika sejam leves - febre baixa, dor de cabeça e nas articulações e manchas na pele - acredita-se que as mulheres grávidas infetadas podem ter bebés com microcefalia, uma doença congénita irreversível que provoca danos irreparáveis no desenvolvimento motor e cognitivo das crianças.

Na última semana, foram notificados 5.065 novos casos de Zika, 1.237 em grávidas.

A presença do vírus alargou-se a 282 municípios do país e a maioria dos afetados são mulheres (67,4%), com maior incidência em pessoas de 25 a 29 anos (14,1%).

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Na Colômbia, onde o ministério da Saúde atribui ao Zika a morte de doentes com Guillain-Barré (um transtorno neurológico), prevêem-se 600.000 infetados pelo vírus este ano e quinhentos casos de microcefalia, caso se repita a situação vivida pelo Brasil, o país mais afetado, com mais de um milhão e meio de casos.

Cientistas dos Estados Unidos dizem ter encontrado a primeira prova de uma ligação biológica entre o vírus Zika, com grande propagação na América Latina, e a microcefalia em recém-nascidos. Segundo a equipa de especialistas, testes de laboratório revelaram que o vírus atinge as principais células envolvidas no desenvolvimento do cérebro, destruindo-as ou desativando-as posteriormente.

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