“O Chile posiciona-se como um país pioneiro no mundo no que diz respeito a uma alimentação saudável”, salientou a ministra da Saúde Carmen Castillo num comunicado.
O país, considerado um modelo de crescimento económico na América latina, é também um dos principais consumidores de bebidas açucaradas da região e mais de 60% dos chilenos (entre os quais um terço de crianças com menos de seis anos) têm excesso de peso.
A lei que entrou hoje em vigor levou cinco anos a ser aprovada, mais quatro anos para dar tempo à indústria agroalimentar, que fez uma pressão intensa, de se adaptar.
Promete revolucionar os rótulos dos produtos vendidos nas lojas que vão passar a indicar os alimentos ricos em gorduras saturadas, açucares, sódio e calorias.
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O objetivo é antes de tudo proteger as crianças, impedindo a venda de alimentos prejudiciais à saúde na escola.
Happy Meal da McDonald’s também afetado pelas restrições
Estes deixarão de poder ser acompanhados de brinquedos como o Kinder Surpresa ou o Happy Meal da McDonald’s. Mas se a cadeia de ‘fast food’ norte-americana vai reformular o seu menu para crianças e retirar este brinquedo, a italiana Ferrero deixará de ter acesso ao mercado chileno.
O fabricante já disse que se reserva o direito de recorrer à justiça nacional e internacional com o argumento de que a lei "afeta a reputação de um dos seus produtos mais populares".
O fabricante de chocolate italiano, que lançou o seu famoso em 1972, já não pode ser comercializado nos Estados Unidos, devido a um regulamento de 1938 que proíbe associar a um alimento qualquer outra substância (neste caso, um brinquedo).
Os outros alimentos considerados prejudiciais deverão ser adaptados, com 8.000 produtos a receber uma nova embalagem.
O avanço do excesso de peso e obesidade no Chile prende-se com alterações do regime alimentar com um consumo a privilegiar os alimentos transformados e uma vida sedentária, graças ao forte crescimento económico.
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