A campanha começou no centro de acolhimento temporário instalado no Pavilhão do Casal Vistoso, na freguesia do Areeiro, criado para responder à pandemia de covid-19, e vai alargar-se, ao longo da semana, “a todos os outros centros” e estar disponível “na rua, em unidades móveis”, avançou à Lusa o vereador dos Direitos Sociais da Câmara de Lisboa.
A vacinação contra a gripe dirigida a sem-abrigo acontece todos os anos, recordou Manuel Grilo, mas este ano tem “uma particular importância, garantindo que as pessoas com gripe não vão entupir as urgências dos hospitais e dos centros de saúde”.
“Normalmente as pessoas em situação de sem-abrigo têm um conjunto de vulnerabilidades de saúde, por isso é importantíssimo serem vacinadas agora contra a gripe”, salientou o autarca do BE, partido que tem um acordo de governação do concelho com o PS.
Segundo Manuel Grilo, no ano passado foram vacinadas cerca de 700 pessoas em situação de sem-abrigo e este ano “o número não andará muito longe deste”.
Esta campanha de vacinação dirigida à população sem-abrigo é organizada pela Câmara de Lisboa, Santa Casa da Misericórdia e Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
Sobre o número de pessoas em situação de sem-abrigo atualmente na capital, o vereador dos Direitos Sociais, que já admitiu que terá subido devido à pandemia de covid-19, avançou que a contagem está a ser feita e que deverá estar concluída até à primeira quinzena de dezembro.
De acordo com os últimos dados da autarquia, do total de pessoas em situação de sem-abrigo em 2018, 1.967 não tinham casa e 361 encontravam-se sem teto (na rua).
Relativamente aos rastreios à covid-19 a estes cidadãos, Manuel Grilo disse que está previsto, “de acordo com a resolução do Conselho de Ministros de domingo”, que “esta população mais vulnerável seja toda testada”.
No entanto, “neste momento ainda não está programado nem preparado este rastreio”, notou.
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