Os centros de saúde perderam 77 médicos num ano, entre 2009 e 2010, mas o número de global de consultas aumentou, segundo um relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Apesar da diminuição do número de clínicos em 2010, foram dadas mais 33 mil consultas nos centros de saúde do que no ano anterior, revela o documento sobre a produção nos centros de saúde e unidades hospitalares, divulgado pela DGS na sexta-feira.

Os clínicos gerais não especialistas foram os que mais diminuíram nos centros de saúde num ano, mas, em compensação, aumentaram o número de médicos especialistas em medicina geral e familiar, especialidade que contou com um acréscimo de cerca de 100 profissionais.

A par dos especialistas em medicina familiar, o número de ginecologistas e de otorrinos também aumentou, sendo as únicas especialidades que cresceram nos centros de saúde.

Dermatologia, estomatologia, medicina dentária, oftalmologia, pediatria, pneumologia, psiquiatria e saúde pública perderam profissionais nos cuidados primários.

Ao nível dos enfermeiros registou-se um acréscimo de 43 profissionais.

Quanto ao número de consultas, apenas a saúde materna e o planeamento familiar registaram aumentos, contribuindo para o acréscimo global do número de consultas.

Contudo, a maioria das consultas de especialidade nos centros de saúde decresceu, como se verificou na saúde infantil, na ginecologia, na medicina dentária, na oftalmologia, na pneumologia ou na psiquiatria.

Ao nível dos hospitais, o relatório da DGS aponta para um aumento de médicos a trabalhar nos hospitais do SNS entre 2009 e 2010, um acréscimo de 433 profissionais.

A cirurgia geral, a dermatologia, a medicina interna, a ortopedia ou a pediatria foram especialidades que contaram com mais profissionais nas unidades públicas.

31 de dezembro de 2012

@Lusa