O CMRRC-RP assinou um protocolo com a empresa Altri, no final do ano passado, para reflorestar 50 hectares de floresta, estando a aguardar, neste momento, o parecer do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
“Será possível fazermos aqui uma reconversão de cerca de 50 hectares de floresta. Vamos ter aqui passadiços, construção de um acesso à lagoa dos teixoeiros, uma ciclovia”, disse à agência Lusa, a presidente do Conselho Diretivo do Centro de Medicina de Reabilitação, Isabel Bento.
“Também no projeto está a criação de um espaço didático com informação sobre a fauna e a flora que existem no local”, acrescentou.
Trata-se de um espaço de lazer destinado à comunidade e também aos utentes e profissionais do CMRRC-RP, na vila da Tocha, no concelho de Cantanhede (distrito de Coimbra).
Para além da construção de passadiços, o projeto pretende ainda a destruição de plantas infestantes e a plantação de espécies autóctones.
O CMRRC-RP dispõe de 144 hectares de floresta, sendo que, com este protocolo cerca de 50 hectares serão reflorestados.
Segundo Isabel Bento, houve uma série de fenómenos naturais que vieram degradar esta floresta, nomeadamente os incêndios de 2017 e a tempestade Leslie.
A ideia passa por, através deste projeto, colocar um pouco desta floresta ao “serviço da comunidade e da comunidade interna”.
“Acreditamos que a mais-valia deste processo é não só o valor intrínseco deste projeto, mas um exemplo de boas práticas, porque vamos fazer, digamos, um serviço público que se abre à comunidade em que uma empresa privada nos vem ajudar”, explicou.
Isabel Bento admitiu que o centro de medicina de reabilitação da Tocha não tinha “condições, nem capacidade técnica de gerir e organizar uma mata que foi destruída”.
“Rapidamente as infestantes tomaram conta da mata e, portanto, perante este problema encontrámos esta solução”, concluiu.
Unidade integrada no Serviço Nacional de Saúde (SNS), o Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro presta “cuidados de saúde diferenciados na área da medicina física da reabilitação à população residente na sua área de influência, correspondente aos seis distritos da Região de Saúde do Centro” (Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu).
O CMRRC-RP assinala hoje os 75 anos da inauguração do Hospital Colónia Rovisco Pais (extinta Leprosaria Nacional, em cuja herdade o Centro de Medicina de Reabilitação está instalado, desde a sua criação, em 1996).
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