"O Programa Nacional de Saúde Mental tem ficado na gaveta durante anos sucessivos e é essencial para colmatar uma das maiores falhas de resposta na saúde em Portugal, que é a resposta à saúde mental", defendeu Catarina Martins.
Catarina Martins abordou esta tarde o tema numa visita ao Hospital de Dia de Psiquiatria de São João da Madeira, que integra o Centro Hospitalar do Entre Douro e Vouga.
A dirigente bloquista reclama, aliás, que essa nova estratégia deve ser acompanhada pelo reforço das unidades de internamento para doentes psiquiátricos.
"Estamos num dos centros hospitalares que tem toda a capacidade para ter também internamento em psiquiatria, até porque em toda esta região do Entre Douro e Vouga isso não existe", declarou Catarina Martins, a propósito do centro hospitalar que, integrando três unidades (em São João da Madeira, Santa Maria da Feira e Oliveira de Azeméis), serve uma comunidade na ordem dos 340.000 habitantes.
Há ainda três outras medidas que a coordenadora do BE quer ver concretizadas, a começar pela criação de "equipas comunitárias de cuidados de saúde mental" um pouco por todo o território.
Outra proposta é a "dispensa gratuita de medicamentos antipsicóticos", com o devido acompanhamento dos doentes sob efeito dessa medicação, e, a título complementar, a implementação efetiva do estatuto dos cuidadores informais, que também são determinantes no apoio a doentes psiquiátricos.
Para Catarina Martins, esse estatuto "não pode ficar só no papel e é preciso garantir que este Orçamento do Estado respeita os cuidadores informais e tem resposta para eles", nomeadamente assegurando cuidadores formais que possam substituir os informais e assim permitir o seu devido descanso.
Essas e outras propostas constam do que a líder do BE considera o "projeto robusto" do partido para o SNS, setor "que toda a população percebe estar a precisar de mais meios".
Catarina Martins admite, por isso, que a expectativa do seu partido é "ter o maior orçamento de sempre para o SNS e que esse esteja livre de cativações, possa aumentar o seu número de profissionais e fazer o caminho para o fim das taxas moderadoras e a exclusividade" dos seus recursos humanos.
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