“Pela nossa estatística, temos, em média, 700 casos novos de diferentes tipos de cancro, por ano”, o que se traduz “numa média mensal de 60 a 70 doentes”, disse o diretor dos Serviços de Oncologia do HCM, Satish Tulsidás.

Tulsidás falava à imprensa, após a cerimónia formal de conclusão das obras de reabilitação e apetrechamento daquela unidade.

Os números mostram que os casos de cancro “têm sido estáveis”, depois de terem conhecido uma tendência de aumento até 2021, atribuída a uma maior sensibilização que levou à procura de cuidados de saúde, explicou.

Além dos novos casos, a unidade segue cerca de seis mil pacientes em regime de ambulatório e apenas sujeitos a controlo por já terem debelado a doença.

Os cancros do colo do útero e da mama, nas mulheres, e próstata, fígado, cabeça e pescoço, entre os homens, são os mais comuns nos pacientes que procuram a unidade, avançou.

Os Serviços de Oncologia do HCM também recebem doentes transferidos dos hospitais de todo o país para casos em que seja necessário proceder ao tratamento por radioterapia, dado que este tipo de intervenção apenas existe naquela unidade, prosseguiu.

Satish Tulsidás frisou que situações menos complexas encontram resposta nos maiores hospitais da região centro e norte, dispensando, por isso, transferência para a capital do país.

Tulsidás assinalou que os Serviços de Oncologia do HCM dispõem atualmente de 30 camas para internamento, mas poderão precisar de mais, nos próximos anos, porque o conhecimento sobre a doença leva mais pessoas a procurarem o diagnóstico e atendimento médico.

Ao serviço da unidade estão seis médicos especialistas, incluindo três moçambicanos e três cubanos.

Os trabalhos de reabilitação cuja conclusão formal foi hoje anunciada consistiram na renovação e apetrechamento do Departamento de Oncologia do HCM, com reparação do sistema elétrico, abertura de um novo laboratório de quimioterapia e disponibilização de cadeiras especiais para tratamento, com apoio da petrolífera Exxon Mobil.