O investigador, que está em Genebra (Suíça), a compreender como é que a IA pode ajudar a diagnosticar precocemente a doença de Alzheimer, vai estar, na quinta-feira, no Instituto Politécnico da Guarda (IPG), onde participará na palestra “O ChatGPT tomou de assalto a sociedade em quatro meses”.
Igor Matias é mestre em Engenharia Informática, tendo focado a sua tese na investigação e implementação de técnicas de ‘Deep Learning’ para a previsão de Fibrilação Atrial (tipo mais comum de arritmia cardíaca).
O investigador, que tem vindo a estudar o impacto da IA em algumas áreas da saúde, defende que modelos programados para executar tarefas específicas conseguirão analisar grandes quantidades de dados, acelerando os diagnósticos clínicos e tornando-os mais exatos.
“Para além das questões éticas, iremos debater o impacto da IA avançada no diagnóstico de tumores malignos e de algumas doenças raras. Como sabemos, os diagnósticos precoces aumentam exponencialmente as probabilidades de cura”, afirmou.
Segundo Igor Matias, “a IA já consegue traçar diagnósticos clínicos mais rápidos e precisos do que um médico”.
“Importa dizer que esta tecnologia não tem ainda capacidade de substituir um profissional médico como um todo, mas pode ser mais exata em algumas decisões clínicas, especialmente quando se trata de analisar grandes quantidades de dados complexos, identificar padrões e fazer previsões”, defendeu, citado num comunicado do IPG.
A conferência “O ChatGPT tomou de assalto a sociedade em quatro meses” terá lugar pelas 10:30, no auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico da Guarda.
A iniciativa é promovida pelas escolas superiores de Saúde e de Tecnologia e Gestão do IPG, em parceria com a Ordem dos Engenheiros Técnicos (OET), que convidaram o investigador Igor Matias para uma conferência sobre o futuro da IA na saúde e os desafios do ChatGPT.
Além do debate sobre os perigos e as futuras implementações de IA avançada na saúde, irão ser abordadas as mudanças que o ChatGTP trouxe à sociedade e questões ligadas à ética e aos direitos humanos, adiantou a fonte.
“É com grande satisfação que vemos a OET associar-se ao IPG para a realização desta conferência”, afirmou Joaquim Brigas, presidente do Politécnico da cidade mais alta do país.
O responsável lembrou que o IPG é uma instituição de ensino superior “com diferentes projetos de investigação nas áreas da saúde e da tecnologia, nomeadamente Biotecnologia Medicinal e Engenharia Informática”, daí que seja “o parceiro certo para iniciativas como esta”.
Por sua vez, Pedro Pinto, responsável pela cibersegurança do IPG e presidente do Colégio Regional de Engenharia Informática da Secção Regional do Centro da OET, considerou que a palestra “contribui para conhecer melhor a IA, uma ferramenta que marca o presente e irá transformar o futuro, podendo ajudar a perceber melhor todo o seu potencial e aplicabilidade”.
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