Uma nova campanha internacional para erradicar doenças como o sarampo e a rubéola congénita vai hoje ser anunciada pelas várias entidades promotoras.

Através da vacinação, os diferentes parceiros envolvidos no projeto, entre eles as agências UNICEF e Organização Mundial de Saúde (OMS), pretendem prosseguir a forte redução (78 por cento) registada na mortalidade causada pelo sarampo, que baixou dos 535.300 mortos em 2000 para 139.300 dez anos depois.

Campanhas de vacinação realizadas em países da África Subsariana permitiram baixar, na mesma década, em 85 por cento as mortes causadas pelo sarampo, de acordo com um estudo que vai ser hoje publicado pela revista especializada Lancet.

Desde 2001, um programa chamado Iniciativa Sarampo conseguiu, desde 2001, vacinar mil milhões de crianças contra a doença.

Agora, o programa vai ser alargado à rubéola congénita e irá designar-se Iniciativa Sarampo & Rubéola.

Na prática, o programa prevê a administração de uma única vacina que imunizará contra as duas doenças.

A rubéola congénita é uma doença que se torna perigosa quando afeta mulheres grávidas, podendo provocar a morte do feto ou causar deficiências irreversíveis nos bebés.

“Uma descida de três quartos nas mortes por sarampo demonstram como podem ser eficazes os programas de vacinação”, disse a diretor geral da OMS, Margaret Chan, para quem a estratégia deve continuar a ser seguida, agora para conseguir os mesmos resultados com a rubéola.

Além da UNICEF e da OMS, são parceiros no projeto de erradicação de sarampo e rubéola congénita a Cruz Vermelha Americana e a Fundação das Nações Unidas, entre outras instituições.

Em Portugal, qualquer uma das duas doenças, que são de declaração obrigatória por parte dos médicos, são raras: entre 2004 e 2008 foram registados nove casos de sarampo e 30 de rubéola.

24 de abril de 2012

@Lusa