Segundo um comunicado da agência espacial norte-americana NASA hoje divulgado os dados revelam uma reversão de aproximadamente 20 por cento na diminuição da camada de ozono no continente gelado da Antártida durante o inverno, entre 2005 e 2016.

A reversão resulta, de acordo com os cientistas da NASA, da redução de cloro na camada de ozono, em consequência da interdição do uso de químicos que contêm cloro, como os clorofluorcarbonetos.

Os dados, publicados hoje na revista científica Geophysical Research Letters, foram obtidos com o Aura, satélite em órbita da Terra que permite analisar a camada de ozono, a qualidade do ar e o clima.

VEJA AINDANão cuida do seu planeta? Estas são as 15 consequências

SAIBA MAIS10 coisas perigosas que põe no lixo (e não devia)

As alterações na espessura da camada de ozono no inverno antártico, que acontece entre julho e meados de setembro, foram registadas diariamente entre 2005 e 2016.

"Neste período, as temperaturas na Antártida são sempre muito baixas, pelo que a taxa de destruição da camada de ozono depende principalmente da quantidade de cloro existente", afirmou a cientista da NASA Susan Strahan, citada pela agência espacial norte-americana.

Estudos anteriores basearam-se em análises estatísticas das variações no tamanho do buraco de ozono para defenderem que a diminuição da espessura da camada de ozono está a retroceder.

O novo estudo traça a composição química da camada de ozono durante 11 anos para concluir que houve uma regressão na diminuição da sua espessura, e que tal se deveu à proibição do uso de clorofluorcarbonetos, compostos químicos de longa duração que se elevam para a estratosfera, onde são 'partidos' pela radiação ultravioleta do Sol, libertando átomos de cloro que destroem as moléculas de ozono.

A camada de ozono existe na estratosfera, segunda camada da atmosfera, e protege a vida na Terra ao absorver radiação ultravioleta potencialmente nociva.