A média móvel de mortes diárias provocadas pela doença no país sul-americano caiu novamente nesta quarta-feira, ficando em 467. Com o resultado, o indicador regista o menor número desde novembro do ano passado.

Contudo, os dados de ontem são parciais, não contabilizando os números do Ceará, um dos 10 estados brasileiros mais afetados pela pandemia e que não conseguiu comunicar atempadamente os registos das últimas 24 horas devido a problemas técnicos.

No total, o Brasil, com 213 milhões de habitantes, já perdeu 584.421 vidas devido à covid-19 e totaliza 20.928.008 casos de infeção pelo novo coronavírus.

A taxa de incidência da doença no Brasil, um dos três países mais afetados pela pandemia no mundo, juntamente com os Estados Unidos e com a Índia, é de 278 mortes e 9.959 casos por 100 mil habitantes, segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela tutela da Saúde.

São Paulo continua a ser o foco da pandemia no país, concentrando 4.297.229 infeções e 146.610 óbitos desde que a doença chegou ao Estado, o mais rico e populoso do país.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa, órgão regulador do Brasil) autorizou o uso de emergência, em caráter experimental, do medicamento Sotrovimabe para tratamento da doença no país.

“O Sotrovimabe é um anticorpo monoclonal feito em laboratório que imita a capacidade do sistema imunológico de combater o vírus. Ele atua contra a proteína spike do Sars-CoV-2 e é projetado para bloquear a ligação do vírus e a sua entrada nas células humanas”, explicou o órgão em comunicado.

“A biotecnologia farmacêutica cria ainda uma barreira para a seleção de variantes resistentes e permite que o medicamento mantenha a atividade ‘in vitro’ contra estirpes mutantes do vírus”, acrescentou.

O fármaco é indicado para pessoas acima de 12 anos infetadas pelo novo coronavírus e que apresentam a doença de forma leve a moderada. Este é o quinto medicamento aprovado pela Anvisa para tratar a Covid-19.

“Apesar dos esforços para ampliar a vacinação, ainda precisamos disponibilizar mais medicamentos capazes de evitar que os pacientes infetados desenvolvam complicações”, afirmou a diretora da Anvisa e relatora do processo, Meiruze Freitas.

“A autorização de mais um tratamento com anticorpo monoclonal amplia as opções terapêuticas, em especial aquelas capazes de atuar contra as variantes do novo coronavírus que circulam no Brasil. Esperamos que o uso desse medicamento reduza a necessidade de hospitalização em pacientes com Covid-19 leve a moderado”, completou a especialista.

A covid-19 provocou pelo menos 4.583.765 mortes em todo o mundo, entre mais de 221,81 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.