A recomendação dos cientistas tem ainda de receber o aval do organismo britânico responsável pelas questões bioéticas, o Human Fertilisation and Embryology Authority (HFEA), do qual se prevê uma resposta positiva a partor de 15 de dezembro.
A técnica experimental que combina o ADN de duas mulheres e de um homem para evitar a transmissão de doenças hereditárias por parte da mãe pode ser usada pela primeira vez em março ou abril do ano que vem.
Os deputados britânicos aprovaram o procedimento em fevereiro de 2015, convertendo o Reino Unido no primeiro país do mundo a autorizá-lo por lei.
No seu quarto e último relatório, o comité independente de especialistas britânicos recomendou uma "adoção prudente" desta técnica, que continua a gerar intensos debates.
Seleção científica?
Os defensores consideram que esta permitirá o nascimento de bebés com melhores condições de saúde, enquanto os críticos afirmam que o processo vai longe demais em matéria de modificação genética e abre a caixa de pandora da seleção de bebés.
"A nossa recomendação de fazer uma abordagem prudente constitui um equilíbrio justo entre a esperança que este novo tratamento oferece (...) e a necessidade de garantir que o tratamento seja seguro e eficaz", afirmou o presidente do comité, Andrew Greenfield.
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