Antes de ser bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva propôs no Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC) a criação de comissões de avaliação de distanásia, mas a proposta "não foi aceite", escreve o jornal Público na edição impressa desta quinta-feira.

A distanásia é a utilização de meios artificiais e desproporcionados para prolongar a vida de um doente incurável.

De acordo com o clínico, os médicos "não estão bem preparados" para lidar com as questões de fim-de-vida e tomar decisões sozinhos. "O ideal seria que o fizessem em conjunto com outros médicos e com a família do doente", defendeu o bastonário ao referido jornal.

Foi o receio do encarniçamento terapêutico que esteve na base da criação do testamento vital que permite às pessoas deixar por escrito os cuidados de saúde a que não querem  ser sujeita, no caso de ficarem incapazes.

Porém, a plataforma não teve grande adesão: menos de 1.500 pessoas desde que foi criada, em 2014.