
De acordo com a TSF, em janeiro, fevereiro e março, contam-se 450 mil subsídios por doença, o que representa um aumento de 18% face ao mesmo período do ano passado.
A última vez que se tinham registado números semelhantes foi em 2011 (435 mil) quando a população a trabalhar era superior à de hoje.
Para o presidente da Associação Portuguesa de Médicos de Família, o aumento da população ativa pode explicar o aumento das baixas. No entanto, Rui Nogueira acredita que há várias razões que justificam este aumento das baixas, nomeadamente um surto de bronquite e o aumento da população ativa com mais de 50 ou 60 anos.
À TSF, fonte oficial do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social confirmou que este crescimento já foi detetado, nomeadamente pelo aumento da despesa, embora, em comparação com os dois anos anteriores, a relação entre a despesa e a receita das contribuições para a Segurança Social se mantenha "estável".
Já o presidente da Confederação Empresarial de Portugal admite que, tal como os números da Segurança Social, também têm notado um aumento evidente das baixas médicas nos últimos dois anos. António Saraiva diz que as razões são várias, mas a primeira que apresenta é o crescimento das baixas fraudulentas. "Lamentalmente, aquilo que as nossas associações que nos fazem chegar são situações, inclusivamente, de baixa fraudulenta", disse à referida rádio.
"Estamos à espera que o ministério tome providências, porque isto é uma questão de fiscalização e e inspeção", acrescentou.
A Confederação garante que há empresas com dificuldades de resposta às encomendas por causa destas baixas fraudulentas e que já fez a denúncia ao governo há cerca de um ano.
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