A Direção Geral de Saúde (DGS) distribuiu na segunda-feira um conjunto de orientações a todos os médicos do Sistema Nacional de Saúde (SNS), devido ao surto infecioso provocado por uma bactéria em pepinos espanhóis contaminados.
O documento, assinado pelo Diretor Geral de Saúde, Francisco George, refere que os médicos devem proceder “à imediata notificação” dos casos que apresentem um “diagnóstico de Síndrome hemolítico-urémico”, “diarreia sanguinolenta com história de viagem ou estadia recentes no Norte da Alemanha” e “diarreia sanguinolenta com história de consumo de alimentos crus e sem outro diagnóstico etiológico”.
Segundo o texto, publicado no site de Internet da DGS, o “aumento inesperado do número de casos” na região do Norte da Alemanha, e noutros países, como a Suécia, Dinamarca, Holanda, França e o Reino Unido, em pessoas que estiveram em território alemão, constitui um “alerta de saúde pública”.
O mesmo texto refere que o diagnóstico clínico implica o envio de amostras para confirmação laboratorial para o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).
O comunicado indica que as infeções por Escherichia coli entero-hemorrágica têm um período de incubação de entre três a oito dias e causam uma “gastrenterite aguda, frequentemente acompanhada de febre, vómitos, dor abdominal e diarreia sanguinolenta”.
A doença tem uma duração de entre cinco a sete dias.
Para prevenir esta doença, a DGS aconselha a “lavar cuidadosamente a fruta e os vegetais”, a não utilizar “os mesmos utensílios para diferentes alimentos”, a “separar os alimentos em preparação dos alimentos cozinhados”, a “lavar as mãos antes e após a preparação de alimentos e entre a preparação de alimentos diferentes” e a “lavar as mãos antes e após a ida à casa de banho”.
O surto infecioso causado por uma variante agressiva da bactéria intestinal E.coli já matou 14 pessoas na Alemanha, país importador dos pepinos espanhóis, segundo os últimos dados divulgados pelas autoridades alemãs.
Aos 14 mortos somam-se 1.200 infetados, dos quais 352 padecem da síndrome.
31 de maio de 2011
Fonte: Lusa/SAPO
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