
O ativista pró-eutanásia Sean Davison, detido em setembro por alegadamente matar um amigo, foi acusado nesta sexta-feira pelo Estado sul-africano de um outro homicídio, de acordo com os media locais. A segunda acusação de homicídio contra o fundador da organização a favor da eutanásia DignitySA foi apresentada num tribunal de primeira instância na Cidade do Cabo.
"Estamos em condições de apresentar outra acusação de homicídio. Escusado será dizer que as acusações são provisórias e podem ser alteradas", afirmou a procuradora Megan Blows.
Davison, de 57 anos, professor universitário e doutorado em Microbiologia, foi detido pelo envolvimento na morte do seu amigo Anrich Burguer, em 2013.
Amigo era tetraplégico
De acordo com a acusação, Davison terá "administrado uma dose letal de medicação" a Burguer, que estava tetraplégico depois de um acidente de carro. Davison revelou em 2014 ao portal News24 que ajudara Burguer a terminar a sua vida.
A acusação liga Davison à morte de Justin Varian - que sofria de uma doença motora a nível dos neurónios - em 25 de julho de 2015. Segundo o Estado, Davison terá "colocado um saco sobre a cabeça do morto e administrado hélio com o objetivo de uma desoxigenação por hélio e/ou asfixia".
De acordo com um artigo do jornal sul-africano Sunday Times, Davison teria um vídeo de Varian a expressar a sua vontade em morrer, e afirmou que o morto lhe implorara por conselhos para por fim à sua vida. De acordo com a procuradora, a acusação tem feito progressos na sua investigação e possui várias declarações.
Atualmente Davison está em liberdade, depois do pagamento de uma fiança de 20.000 randes (1.170 euros), e regressa a tribunal no dia 29 de janeiro.
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