Os ratos começaram a invadir os esgotos e as habitações dos seres humanos há 15 mil anos no Médio Oriente.

Segundo um estudo da Universidade de Washington em Saint Louis, uma sociedade caçadora-coletora, que se estabeleceu na zona de Israel antes da descoberta da agricultura, deu azo à aparição destes roedores.

Os fósseis descobertos permitiram aos cientistas observar "as relações entre humanos e ratos desde antes da invenção da escrita e ver mudanças específicas nas formas de vida humana e nas comunidades de ratos", disse Fiona Marshall, do Departamento de Antropologia da universidade, citada num comunidado daquela instituição de ensino.

Estudos anteriores apontavam o surgimento da agricultura como o ponto de partida para a transformação da relação entre humanos e o mundo animal, especialmente com pequenos mamíferos como os ratos. O atual estudo, no entanto, revela que os caçadores-coletores com sociedades complexas e, às vezes, formas de vida mais fixas, transformaram os seus habitats, dando início à domesticação de animais e à sua relação com humanos.

Segundo Marshall, o estudo mostra ainda que esse estilo de vida teve muita influência no início do comensalismo, um tipo de relação entre duas espécies para benefício alimentício de uma delas ou de ambas. "Agora sabemos que deveríamos olhar para esse período para encontrar as raízes da domesticação de uma forma mais ampla, com, por exemplo, porcos e cabras", acrescenta Fiona Marshall. Mas os ratos foram os primeiros a serem domesticados, frisa a pesquisa.

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