Houve um "notável aumento dos casos denunciados de pessoas com albinismo assassinadas ou atacadas devido à crença de que o uso das suas partes corporais em poções 'mágicas' pode trazer boa sorte e riqueza", destacou Ikponwosa Ero, especialista das Nações Unidas.

"Tragicamente, a maioria das vítimas foram crianças", afirmou a especialista, acrescentando que o aumento da pobreza devido à pandemia levou muitas pessoas a recorrerem à bruxaria.

Os especialistas da ONU informam as suas conclusões ao órgão mundial, mas não o representam.

O albinismo é uma condição rara, geneticamente herdada e independente de etnia ou género. Geralmente causa a falta de pigmentação de melanina no cabelo, pele e olhos, causando vulnerabilidade à exposição ao sol.

A aparência física das pessoas com albinismo é frequentemente alvo de crenças equivocadas e falsos mitos influenciados pela superstição, que fomentam a sua marginalização e exclusão social, segundo a ONU.