
Nas células saudáveis só existe um centrossoma. Mas antes do aparecimento do cancro algumas células começam a formar vários centrossomas. Este sinal de alerta pode servir como uma importante ferramenta de diagnóstico para este e outros tipos de cancro.
Segundo o jornal Público, investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), em Oeiras, e do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa analisaram amostras de células de doentes com esófago de Barrett, uma doença que está associada ao cancro do esófago, e concluíram que as estruturas celulares que se vão tornar cancerosas começam a acumular centrossomas numa fase pré-maligna.
Sinal pode servir para outros tipos de cancro
A equipa é liderada pelas cientistas Mónica Bettencourt Dias, do IGC, e Paula Chaves, do IPO. O artigo foi publicado esta terça-feira na revista Journal of Cell Biology.
Segundo Carlos Lopes, investigadora dpo IGC, este sinal pode servir não só para o cancro de esófago mas também para outros tipos de cancro.
As conclusões foram obtidas a partir da análise de amostras de tecido recolhido em endoscopias e biópsias de doentes com esófago de Barret.
Todos os anos 8,8 milhões de pessoas em todo o mundo morrem de cancro, com os carcinomas do aparelho respiratório a provocarem o maior número de mortes, segundo as últimas estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo estes dados, atrás dos tumores do aparelho respiratório (cancro da traqueia, brônquios e pulmão), que causaram 1.695.000 mortes, situam-se os do fígado (788 mil mortes), do colon e reto (774 mil), do estômago (753.600) e da mama (571 mil).
Os seguintes cancros mais mortíferos no mundo são os do esófago (415 mil mortos), do pâncreas (358 mil), da próstata (343.800), dos linfomas (343.500) e da boca e faringe (319 mil).
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