Todos os anos, em Portugal, seis mil mulheres recebem a pior das notícias. Padecem a doença que a maioria delas mais teme. Uma realidade que a jornalista Catarina Caldeira Baguinho aborda em «Ser mais forte do que o cancro da mama», o artigo da revista Prevenir que a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), em parceria com a farmacêutica Merck Sharp & Dome, distinguiu na categoria de imprensa do Prémio de Jornalismo 2016.

Ao longo de 12 páginas, resultado da colaboração com cinco conceituados especialistas, a publicação responde às dúvidas mais comuns após o diagnóstico, durante e depois dos tratamentos, explicando ainda como a doença interfere com a fertilidade, indicando estratégias para vencer a ansiedade e o desespero, revelando o que diz a lei, como se processa o subsídio de doença, os alimentos que atenuam os efeitos secundários e muito mais.

Outro dos destaques vai para o testemunho de Ana Gabriela Freire, presidente da Associação Viva Mulher Viva, 55 anos, que há 12 se viu confrontada com a patologia. «Quando recebi o diagnóstico de cancro da mama, não senti medo. Senti pavor», desabafa. «O sentimento de horror ultrapassou o de choque», revelou ainda. Uma confissão que não deixou a autora do artigo, publicado em outubro de 2016, indiferente.

«Este artigo é o resultado do trabalho de uma equipa. Só com a ajuda dos meus colegas foi possível dedicar o tempo necessário para chegar ao resultado final, que é também mérito de todos os especialistas que colaboraram, disponibilizando-se para responder a todas as dúvidas e questões. É bom sentir o nosso trabalho reconhecido, assim como saber que, através da escrita, podemos ajudar quem mais precisa», afirma Catarina Caldeira Baguinho.

Texto: Luis Batista Gonçalves com CreArt (fotografia)