A posição foi expressa pela ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira, no final de uma visita que efetuou ao Hospital Pediátrico David Bernardino de Luanda.

Carolina Cerqueira frisou que o Governo está a auscultar os parceiros sociais sobre essa matéria do regresso às aulas, suspensas em Angola desde março passado devido à pandemia da COVID-19, que já causou no país 93 mortos em um total de 2.044 casos.

Segundo Carolina Cerqueira, está a ser realizado um levantamento sobre as vantagens e desvantagens da reabertura das escolas, numa fase marcada pelo aumento de casos de infeção com o novo coronavírus.

“Nós estamos atentos aos apelos a nível internacional do Secretário-Geral da ONU, António Guterres, da necessidade de pôr as crianças na escola para preservar o futuro delas e não atrofiar a formação das crianças”, referiu.

A governante angolana sublinhou que o Governo está consciente de que a criança em casa está mais sujeita à violência, às violações, aos maus tratos.

“Mas também estamos conscientes de que as crianças são mais vulneráveis a serem contaminadas, por serem crianças, por muitas vezes viverem em zonas periféricas sem água, sem biossegurança, sem adultos, que vão para a rua para o setor informal, e as crianças ficam abandonadas. As escolas ainda não têm as melhores condições”, admitiu Carolina Cerqueira.

A ministra garantiu que brevemente será conhecido o trabalho de auscultação com as escolas, encarregados de educação, parceiros sociais e igrejas.

“E certamente que as medidas mais conscientes vão ser tomadas e não vão defraudar as expectativas das famílias e a segurança das crianças. Vamos devagar e bem”, frisou.