Fonte oficial do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) disse à agência Lusa que o objetivo principal é a contratação de seis médicos para que a urgência fique assegurada, mas que ainda não foi possível garantir este número.
A grave carência de profissionais, agravada com a ausência de médicos por doença, e a elevada afluência de doentes, com mais idade e doenças do que o habitual, contribuiu para tempos de espera na ordem das 20 horas, na noite de 25 para 26 de dezembro, este hospital recebeu uma autorização especial para a contratação especial de clínicos.
Desta forma, a administração tem “luz verde” para contratar dez médicos, pelas vias que conseguir, que irão receber 30 euros por hora, o valor máximo permitido por lei, num total de 720 euros por um “banco” de 24 horas.
O hospital está ainda a abordar médicos que se encontram ausentes da instituição e a convidá-los para trabalhar, nomeadamente na noite da passagem do ano (de quarta para quinta-feira).
O presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Luís Cunha Ribeiro, disse à Lusa que a administração do Amadora-Sintra está a tentar assegurar que as empresas prestadoras de serviços médicos respondam positivamente quando solicitadas a fornecer profissionais, principalmente em circunstâncias especiais como a vivida nos últimos dias no hospital.
Luís Cunha Ribeiro revelou ainda que o Serviço de Atendimento Permanente (SAP) de Sintra vai ser reforçado com médicos e enfermeiros, alegando que a resposta deste serviço foi “crucial” para ajudar na resposta aos utentes da área do Hospital Amadora-Sintra.
Entretanto, o tempo de espera nas urgências do hospital Amadora-Sintra normalizou nas últimas horas, depois de ter chegado a ser de 22 horas entre 25 e 27 de dezembro, disse o porta-voz daquela unidade hospitalar.
Cerca das 09:00 de hoje encontravam-se 15 casos nas urgências, 12 dos quais com pulseira amarela, que significa que foram considerados “casos urgentes” na triagem do hospital. O amarelo é o terceiro nível mais grave numa escala de cinco.
“Houve uma diminuição de pessoas nas urgências, logo, uma diminuição de casos não urgentes”, disse a mesma fonte, reconhecendo que se assistiu a uma inversão dos valores registados nos últimos dias.
De acordo com este responsável, foram atendidos, entre o dia 25 e 27, cerca de 980 pacientes, dos quais 65 a 70% tinham pulseiras verdes (doentes pouco urgentes).
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