A investigação conduzida por Jonathan Johnston, da Universidade de Surrey, no Reino Unido, recrutou um conjunto de participantes para observar o efeito da alteração da hora das refeições sobre o consumo de alimentos durante um período de 10 semanas.

Durante o estudo, o grupo de investigadores também analisou alguns biomarcadores do sangue dos voluntários para aferir o risco de diabetes e doenças cardiovasculares.

Os participantes foram divididos em dois grupos e foi pedido a cada um dos grupos que durante 10 semanas atrasassem a toma do pequeno-almoço em hora e meia e que adiantassem o consumo do jantar em também hora e meia.

O outro grupo, o de controlo, fez as refeições às horas normais.

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Durante aqui período, os voluntários preencheram ainda um questionário diário sobre o tipo de alimentação antes e durante aos 10 semanas. No final, fizeram análises sanguíneas.

Alimentação sem restrições

Todos os participantes puderam comer o que quisessem, sem qualquer restrição alimentar, desde que dentro dos limites de tempo pedidos pelos investigadores.

Os investigadores descobriram que os participantes que alteram as horas das refeições perderam em média mais de metade de gordura corporal do que os do grupo de controlo.

A gordura corporal, quando em excesso, pode aumentar o risco de obesidade mórbida, doenças cardiovasculares, diabetes ou cancro, entre outras.

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Apesar da inexistências de restrições alimentares, os participantes do grupo que alteraram a hora da refeição relataram consumir menos quantidades de alimentos. Mais de metade (57%) relataram menos apetite, menos oportunidades para ingerir comida ou uma diminuição do consumo de pequenas-refeições ao longo do dia e noite.

"Embora este estudo seja pequeno, fornece-nos informações valiosas sobre como pequenas alterações nos nossos horários de refeição podem trazer benefícios para os nossos corpos. A redução na gordura corporal diminui as nossas hipóteses de desenvolver obesidade e doenças relacionadas, por isso é vital para melhorar a nossa saúde geral", comentou o autor principal da investigação numa nota divulgada pela universidade supracitada.