Como é habitual em todos os verões, o Ministério da Saúde tem a intenção de reforçar o Algarve com mais médicos através do programa de mobilidade especial. Mas este ano, o Governo ainda não conseguiu mobilizar nenhum clínico para aquela região do país durante 1 de junho e 30 de setembro.

O presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, Paulo Morgado, garante que a resposta à população está assegurada com o refoços das horas extraordinárias e mais médicos em prestação de serviços.

A hipertensão mata. Conheça os 8 fatores de risco desta doença
A hipertensão mata. Conheça os 8 fatores de risco desta doença
Ver artigo

O despacho da mobilidade especial foi publicado no dia 26 de junho e dava conta das necessidades: procuram-se médicos especialistas em anestesiologia, cardiologia, medicina interna, nefrologia, neurocirurgia, neurologia, obstetrícia, ortopedia, pediatria, urologia e medicina geral e familiar. No total são precisos 67 médicos no Algarve durante o verão.

"Ainda é um pouco cedo para fazer um balanço final [o despacho está em vigor até 30 de Setembro], mas não temos tido uma adesão significativa. Existiram várias candidaturas de medicina geral e familiar, mas os períodos e os horários não se enquadravam nas nossas necessidades. Para o hospital, tivemos uma candidatura até ao momento mas que desistiu", disse ao referido jornal o presidente da ARS do Algarve.

Programa pouco atrativo?

No primeiro ano a mobilidade especial levou sete médicos para o Algarve e no ano passado apenas quatro.

A adesão é voluntária e não depende de autorização do hospital ou centro de saúde origem.

O ordenado é o mesmo, com direito a ajudas de custo que podem chegar aos 200 euros por dia.