A agência suíça do medicamento ordenou, preventivamente, a suspensão imediata da comercialização e do uso das vacinas antigripe Aggripal e Fluad, da Novartis, que não são utilizadas no programa de vacinação em Portugal.

A decisão da Swissmedic, que justifica a suspensão com eventuais impurezas em cerca de 160 mil doses de vacinas Aggripal e Fluad, ocorre depois de Itália ter adotado semelhante procedimento. Depois da Suíça, a Áustria também suspendeu a venda das vacinas, noticiou a agência AFP.

No seu portal, a autoridade portuguesa do medicamento (Infarmed) informa que as vacinas Aggripal e Fluad, bem como a Influpozzi, todas da Novartis, "não estão a ser usadas no programa de vacinação em curso no Serviço Nacional de Saúde, nem estão comercializadas em Portugal".

O Infarmed adianta que "está a acompanhar todos desenvolvimentos" da situação, "em articulação com a Agência Europeia do Medicamento".

Em comunicado, citado pela AFP, a agência suíça do medicamento refere que "as primeiras constatações permitiram concluir que a proibição [do uso das vacinas] em Itália deveu-se à descoberta de partículas brancas nas seringas".

Face à incerteza quanto à origem destas partículas, a Swissmedic decidiu interditar a comercialização e o uso das vacinas suspeitas, ressalvando tratar-se de uma "simples medida de precaução" e que as pessoas já vacinadas na Suíça "nada têm a temer pela sua saúde".

Enquanto na Suíça e em Itália, a suspensão do uso das vacinas partiu das respetivas autoridades do medicamento, na Áustria foi a própria filial austríaca do grupo farmacêutico suíço que tomou a iniciativa. 

25 de Outubro de 2012

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