O tabaco é constituído por mais de 4000 substâncias e componentes químicos que representam das maiores ameaças à saúde geral e oral.

Patologias como a halitose (mau hálito), o escurecimento e pigmentação dos dentes e a periodontite são algumas das consequências orais do seu consumo. Além disso, os fumadores têm entre 5 a 20 vezes mais probabilidade de vir a desenvolver cancro oral do que um não-fumador.

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"O médico dentista pode ter um papel fundamental nos doentes que querem deixar de fumar. O tabaco é o principal fator de risco para o cancro oral e a cessação tabágica é a forma mais eficaz para diminuir a morbilidade e a mortalidade associada a esta doença", refere João Caramês, médico dentista e diretor clínico do Instituto de Implantologia.

Homens fumadores, com idade igual ou superior a 40 anos são o principal grupo de risco, mas qualquer lesão na boca que persista durante algum tempo deverá ser avaliada pelo médico dentista.

"O médico dentista, pelo contacto regular com os seus pacientes, encontra-se numa posição privilegiada para contribuir para a prevenção e diagnóstico precoce do cancro oral", lembra ainda o também Professor Catedrático da Universidade de Lisboa.

É de salientar que, quando diagnosticado precocemente, a percentagem de sobrevivência ao fim de 5 anos pode atingir os 90%.