O caso é noticiado pela estação de televisão britânica BBC. Uma isolada e pequena vila, chamada Salinas, no sul da República Dominicana, é palco de uma complexa, misteriosa e estranha manifestação da natureza há várias décadas: quem nasce rapariga morre rapaz.

Os locais chamam-lhes "guevedoce", que pode ser traduzido por "pénis aos doze".

O fenómeno foi descoberto e descrito na década de 70 pelo endocrinologista Julianne Imperato, do Cornell Medical College, de Nova Iorque, que viajou até à República Dominicana depois de ter ouvido falar do mistério.

Esta malformação acontece devido a uma anomalia genética caracterizada pela falta de uma enzima que previne a produção de uma forma específica da hormona masculina testosterona-dihydro.

Todos os bebés, por volta das oito semanas de gestação, que possuam o cromossoma Y começam a produzir esta hormona em grandes quantidades, o que leva à formação do órgão sexual masculino.

No caso dos "guevedoce", a enzima que previne o surgimento da hormona não existe. Por isso nascem raparigas e continuam assim até à puberdade, altura em que é, novamente, produzida uma enorme quantidade de testosterona provocando o surgimento do órgão sexual masculino.

Quando se dá esta transformação, muitos trocam os nomes, anteriormente femininos. Mas é frequente encontrar homens com nomes de mulher.