16 de julho de 2013 - 16h36
O Serviço Nacional de Saúde continuar a ser o mais utilizado, mas um inquérito mostra que mais de metade dos portugueses estão preocupados com a qualidade dos cuidados de saúde públicos e acreditam mesmo que as condições vão piorar no próximo ano.
As conclusões são do inquérito realizado pela Cegedim, em parceria com a Netsonda. O documento diz que é nas pessoas entre os 35 e os 44 anos que os receios quanto à qualidade são maiores, escreve o jornal Público que teve acesso ao estudo.
Mesmo assim, ao todo, 31% dos portugueses dizem que os atuais cuidados de saúde do SNS são “bons” ou “muito bons”, mas quase 65% acreditam que vão passar a ser “piores” ou “muito piores”. Já em relação ao setor privado, há mais optimismo, com 50% dos participantes no inquérito a acreditarem que a qualidade se vai manter.
Apesar disso, 65,2% dos inquiridos continua a utilizar o SNS, só 26,6% recorrem a serviços privados e 22,3% são tratados através da ADSE. 
Dentro das preocupações, ter de faltar ao trabalho para recorrer a uma unidade de saúde foi a situação menos referida.
Orçamento familiar não cobre despesas
Segundo a mesma sondagem, 40% dos inquiridos admitem que o orçamento familiar não permite cobrir todas as despesas de saúde, sendo que uma em cada cinco pessoas diz que não foi ao médico nos últimos seis meses por motivos económicos.
Há um ano, um inquérito também da Netsonda, mostrava que quase 42% dos participantes admitiam que o orçamento familiar já não era suficiente para pagar todas as despesas de saúde. 
Mas mesmo quem vai ao médico, só em 46% dos casos segue à risca as recomendações e prescrições dos clínicos. 
O estudo olhou também para os medicamentos genéricos e de marca, com dois terços das pessoas a admitirem que preferem os fármacos de marca branca, devido ao preço mais baixo e por confiarem que têm a mesma qualidade – um número que baixou em relação ao inquérito de 2012 (69,1%). Quem opta pelos produtos de marca justifica a escolha pela expectativa de eficácia. 
A recolha de informação foi realizada online através do Painel Netsonda, constituído por mais de 125 mil participantes. 
SAPO Saúde